quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Você tem medo de que?!

Eu nunca tive medo. Medo de me apaixonar, muito menos. Medo de me entregar...
Posso afirmar que meu último namoro me deixou marcas, marcas que doeram muito, a principal: "Não confiar." Antes desse relacionamento eu estava acostumada a tratar com pessoas de palavra. Onde não precisava de um documento para honrar, bastava a palavra. Estava acostumada a lidar com pessoas honestas.
Com essa última experiência, confesso que hoje não confio em ninguém de imediato, não confio somente em palavras. Acredito em atitudes...
Isso é horrível... (ao menos, eu acho) pessoas com marcas, marcas que demoram a curar (se é que isso tenha cura).
Agora entendo o real "peso" de pessoas mais experientes. Nem digo "mais velhas", pois tenho muito mais experiência de vida do que muita menina na minha idade.
Vejo perdendo-me em palavras, perdendo-me em sentidos, que são tão bons... que tenho medo de acreditar.... de me entregar... Acredite!
O medo é um sentimento que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente.
Fico buscando explicação para tudo isso. Fico a procura de defeitos. Me questiono se algo pode ser realmente tão perfeito...
ELE é tudo o que eu era, quando simplesmente tinha o coração puro: Romântica ao extremo, presente, comprometida, cúmplice... tenho medo que com o tempo "tudo isso" acabe... e "crio uma casca" como forma de me proteger.
Com o trauma, aprendi a ser ainda mais realista, a ser mais verdadeira ainda, mostrando claramente o que aceito e o que não aceito, o que permito e o que não permito.
Minha intuição brinca comigo... confesso que não gosto nada disso... as vezes vejo a verdade clara como o dia, as vezes não a vejo, não vejo nada, desconfio... Confesso que estou sem referência. As vezes, não quero essa referência. As vezes me perco, em momentos, me entrego. E confesso que não quero me perder, com medo de me perder. Presto atenção em tom de voz, em seu olhar, em seu toque, em sua titude, em conduta... procurando o que pode haver de errado, é verdade que tudo isso é tão bom?!
As barreiras me perseguem: sentir e não sentir, sentir e não me expor e as vezes, não me controlo, me exponho demais. Dou sinais de entrega.
Vejo tantas coisas por ai... relacionamentos sem palavra, sem comprometimento, com traições que fico procurando "pelo em ovo" (como ele disse) para certificar-me de que piso em solo seguro, em solo sagrado (como um dia já experimentei).
Não sou fácil. Algum dia eu disse que eu era?! Declarei isso?! Nunca!
Sou chata, exigente... e o homem para "me aturar", sei que tem que gostar muito de mim... mas... conquiste minha confiança e terás o mundo!
Sei que é um processo de cura interna diária, e minha, só minha, que nunca imaginei quais proporções tinham atingido.
Atire a primeira pedra quem nunca foi vítima de seus medos!

♪♫♪ Eis o melhor e o pior de mim... O meu termômetro, o meu quilate.. ♪♫♪

Nem melhor, nem pior, apenas única...

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