quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sem pressa

Percebo que as coisas já não me afetam como antes. É como se os acontecimentos da vida criassem uma proteção mais resistente.
Não tenho problemas em ficar em casa no sábado, e me esbaldar num filme com pipoca, e como única companhia o meu fiel escudeiro, meu cachorro, Nick. Quanto estou afim, vou feliz encontrar meus amigos em um barzinho, não forço flertes, tampouco apresentações a estranhos que eu sei que nada me agregariam. Agora, com a idade e a maturidade mais aguçada, sei que a própria vida tomará seu curso e consequentemente me fará conhecer alguém especial. Talvez nesse meio tempo eu saia com algumas pessoas e que no dia seguinte perceba que não eram nada do que eu esperava. Pode até ser que em um dia de solidão naquela noite chuvosa eu ligue para alguém que há tempos queria sair comigo e que todo o sexto sentido e feeling que tenho no mundo, davam na cara que não seria nada especial.
Os dias vão passar. Outras datas em que vou passear sozinha, ir à festas de família, andar por ai cantando, chegarão. Mas nada vai me tirar o sorriso do rosto, meu jeito de menina mulher, minha obstinação pelo trabalho, a paixão pela dança, pelos meus amigos, o amor pela prática da caridade, por chocolate, livros, sorrisos, filmes de amor, leite quente, sinceridade, ajudar sempre a quem precisa.
Eu continuarei meus planos... volto em breve para o meu curso de inglês que larguei pela metade, farei um cruzeiro marítimo com minhas amigas, tirarei fotos lindas, ficarei bronzeada nos primeiros meses do ano, completarei 29 anos melhor do que nunca!
Até o dia em que um amigo vai ligar pra dizer "Quero que você conheça uma pessoa", ou aquele outro dia em que entrarei sozinha numa cafeteria para um chocolate quente depois de ter tomado a maior chuva de verão, ou na fila de pão, como aquela música do Los Hermanos. Pode ser que um dia eu abra os olhos e perceba a pessoa com quem quero estar e que até então não estava tão claro.
Um belo dia eu conhecerei a pessoa que vai tirar meu sono, meu juízo, e minha razão. Que me fará sentir borboletas no estômago, ir ao cinema segurando minha mão, aquele que vou olhar dormir enquanto penso: "Caralho, ele é muito foda. Sou uma garota de sorte em estar com ele". E esse será o início de mais uma história de amor. Que poderá ser a última da minha vida, e a responsável por pular para outras etapas, algumas já conhecidas por mim, e outras que sequer imagino chegar um dia ou pode ser que essa seja só mais uma história de amor que não vai dar em nada. Quer saber? Não tenho pressa. Quero curtir cada segundo de cada momento. E nada vai me fazer deixar de acreditar que um dia será de verdade e derradeiro.

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