terça-feira, 14 de setembro de 2010

O que eu vejo quase ninguém vê

Eu vivo, eu sinto o que escrevo, o que sonho, as bandeiras que levanto. Elas são tão diferentes para muitas pessoas que eu me vejo presa a um desafio circular e infinito. O de viver fora do meu mundo, diferente e estranho de tudo o que eu sempre fui capaz de acreditar. Meu espírito voa e o céu espelha sua função em meus olhos, agora que são eles os meus guias, profundos, distantes, misteriosos.
Quem sabe eu nem conhecia mais (ou nunca conheci) a diferença entre ficar preso e o que é perder a noção do tempo. Estou certa de que felicidade é mesmo um anjo que se esconde por trás de nossos passos, um anjo que a qualquer hora pode abrir suas asas e voar… Eu sempre me acho no meio de minhas loucas vertigens…
Meus pensamentos dependem do absurdo de um dia para serem realmente pensamentos meus. O que me fará pensar, questionar, teorizar? Cadeia de idéias é um passo para a liberdade. Mas, vale a pena ler um livro de 300 páginas que demoram pouco mais de 3 dias para serem lidas. Perderei horas e ganharei… idéias, sentimentos, mágica…Tolice de quem não tem seus olhos para ver, seus sapatos para andar e seu coração como abrigo de tudo.
A ópera das perguntas se mistura ao rock das respostas. Muita escuridão é que nem muita luz. Ambas em excesso cegam. Um homem é feito por questionamentos, espaço e expansão. Apesar disso, ainda é tão difícil acreditar!
E, quem? Quem é tão mesquinho em afirmar que não sopra os ventos a seu favor? Que não tem a coragem de dizer que vê o mundo como quer que ele seja? Com seus olhos! Com sua voz!
Se a minha vida depende da sociedade, eu quero ser livre disso… Basta pra mim que isso me deixe viver para amar, sonhar, sentir e pensar.
Ser livre talvez seja um dom que poucos entendam. Você, por exemplo, depende de quê pra se tornar uma pessoa livre? Será que a sociedade com todos os seus padrões e idéias influi no seu conceito de mundo? Onde entra a sua vontade de reger todas as coisas que o cercam e o dotam de responsabilidade?
Daqui vejo gente reprimida por padrões que foram obrigados a seguir. Daqui vejo casas iguais, casais seguindo um mesmo padrão, roupas iguais, carros iguais e, ao mesmo tempo, sentimentos tão diferentes. Daqui vejo os ônibus levando rostos pálidos, sem expressão. Vejo a "desgraça da vida alheia". Eu vejo as flores nascerem no asfalto e a fumaça dos carros destruindo o colorido que elas passam. Daqui vejo os muito loucos se fazendo de certinhos, vejo o idealista defendendo causas hostis. A menina encabulada com vergonha de tudo, de ir a uma festa. O garoto que chora escondido e é alvo de piadas em todas as partes. Eu vejo o professor que deixa alunos reprovados por décimos. A hipocrisia de quem se sente reprimido!
Eu vejo angústia, fome, desejo de viver! Sinto que as pessoas tem vontade, esperança, mas, tem medo, muito medo do mundo exterior ao seu. O mundo que julga, que vicia, que degenera. A sociedade degrine o homem, faz dele uma marionete do acaso. Isso não é viver! Você só precisa de você mesmo para ser feliz!
Respeite o direito de quem está do seu lado, de seu companheiro de ser feliz, do vizinho que precisa de descanso, a criança que chora nos braços da mãe no meio da missa. Em vez de fugir de si, sinta que sua vida é luz, sinta que existe algo que te alimenta e te faz vencer sempre.
Hoje, seu mundo mudou… Sonhe! Levante-se e liberte-se!
♪♫♪ ... estou tão tranqüilo e tão contente... Quantas chances desperdicei quando o que eu mais queria era provar pra todo o mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém... ♪♫♪

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